Golpistas no Meio Estudantil

Exclusivo

Um alerta aos estudantes do Ensino Médio e um exemplo aos Acadêmicos.


Alunos de Escolas Públicas de Foz do Iguaçu São Lesados por dupla de falçarios com  Carteirinhas de Estudantes

Um golpe envolvendo carteiras de estudantes, sem validade, aqui em Foz do Iguaçu, lesou dezenas de estudantes da rede pública de ensino. O fato aconteceu há cerca de um mês. Dois rapazes, Dionatan Dorneles (22) e José Bruno Fernandez Abreu (27), procuravam escolas para vender carteirinhas de estudantes.

O golpe - Primeiramente a dupla se apresentava nos Núcleos de Regionais de Ensino, onde identificavam as escolas e garantiam uma resposta de que o órgão não era responsável pela autorização das carteiras. Com isso, o próximo passo da dupla de golpistas era procurar as escolas, cadastrar os estudantes, cobrar um taxa e posteriormente enviar as carteiras sem validade alguma, uma vez que elas não possuem um número de identificação e prazo de validade.

O Colégio Estadual Presidente Castelo Branco foi uma das escolas escolhidas aqui em Foz. Alguns alunos chegaram a receber as carteirinhas. A descoberta se deu depois que os estudantes tentaram utilizar a carteira e ela não era aceita, não tinha valor. O diretor do colégio Carlos Taborda, identificou  um município, também na região oeste – Campo Mourão, onde provavelmente a dupla aplicaria o golpe. Escreveu um ofício e enviou a delegacia de polícia. O Colégio Monsenhor Guilherme também foi vítima, em Foz. Os dois rapazes procuraram o Núcleo de Educação em Foz e depois as escolas estaduais.

A Polícia Civil de Campo Mourão identificou a dupla no Núcleo Regional da cidade. Eles foram encaminhados a delegacia para prestar depoimento. Segundo o investigador Nei, nada foi encontrado com os rapazes, e como nenhum boletim de ocorrência teria sido feito contra eles, foram liberados. Segundo o investigador, um inquérito foi aberto e será encaminhado para a Delegacia de Foz do Iguaçu, onde o crime foi concretizado.

Dionatan Dorneles e José Bruno Fernandez Abreu possuem residência fixa na cidade de Toledo. Segundo o investigador da Civil a empresa da dupla  é de Santa Catarina.

A IMPORTÂNCIA - O documento serve como identificação, e dá acesso com pagamento de meio ingresso para shows, cinemas, estádios de futebol e outros eventos culturais em todo o país. Segundo contato com Paulo  – presidente da UPES no Paraná, para a validade das carteirinhas dois órgãos podem assinar a UNE e a UPES.

UPES- Fundada em 16 de setembro de 1939 para representar os estudantes universitários do Paraná, União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) é a entidade estadual estudantil mais antiga do Brasil. Ao longo de seus 70 anos de história, esteve presente nas principais lutas do povo brasileiro e paranaense. Enfrentou a ditadura militar com muita coragem, tendo, inclusive, alguns de seus dirigentes presos e torturados. Também foi às ruas com os estudantes para pedir "Diretas Já!" e anos depois pintou a cara de verde e amarelo para derrubar o então presidente no "Fora Collor". Em 2001, junto com os estudantes secundaristas, protestou contra a cobrança de mensalidade nas universidades estaduais e contra a venda da Copel, ocupando a Assembleia Legislativa do Paraná e evitando que a empresa de energia do povo paranaense fosse privatizada.

Hoje novas bandeiras do Movimento Estudantil e da população paranaense fazem da UPE não só a entidade de representação máxima dos estudantes universitários do Paraná, mas também um dos mais importantes movimentos sociais do estado.

UNE -Mais do que o órgão de representação dos estudantes universitários, a União Nacional dos Estudantes (UNE) é uma das principais organizações da sociedade civil brasileira, com uma bela história de lutas e conquistas ao lado do povo brasileiro. A UNE foi fundada em 1937 e ao longo de seus 70 anos, marcou presença nos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais do Brasil. Desde a luta pelo fim da ditadura do Estado Novo, atravessando a luta do desenvolvimento nacional, a exemplo da campanha do Petróleo, os anos de chumbo do regime militar, as Diretas Já e o impeachment do presidente Collor. Da mesma forma, foi um dos principais focos de resistência às privatizações e ao neoliberalismo que marcou a Era FHC.